Como as religiões veem, hoje, a evolução?
Não sabemos ao certo quando o ser humano construiu os termos religião e ciência. O que se sabe é que, desde a Antiguidade há a necessidade pessoal de buscar conhecer o funcionamento do meio onde habitamos e sua natureza.
Tanto a religião quanto a ciência são organismos variáveis ao longo da história e possuem influência em aspectos como o político, social, geográfico, econômico e cultural; além disso, apresenta uma densa heterogeneidade de posicionamentos, ramificações e interpretações.
Por fim, ambas foram criadas pelos homens para discutir e entender quem ou o quê nos criou.
Seria possível religião e ciência andarem juntas? Se ambas são feitas por humanos, passíveis ao erro, como definir qual delas carrega consigo uma verdade absoluta?
A fim de responder algumas dessas perguntas, a Fato e Fé traz pra você as visões de algumas das maiores religiões praticadas no mundo atual – mono, poli e ateístas - e suas relações com a teoria evolucionista pregada por Charles Darwin. Você já sabe de qual lado está?
A CRIAÇÃO
A CRIAÇÃO
Para analisarmos essa teoria, é importante desvincular o Criacionismo com o Cristianismo, uma vez que esta é a crença religiosa que prega a existência de um Criador que age como arquiteto da humanidade, da Terra e do universo.
Em linhas gerais, é a fé de que, entre o físico e o metafísico, há a existência de um Ser superior, capaz de criar e moldar tudo que já houve, que há e que há de vir no mundo.
Fazem parte das religiões que creem nessa vertente o Cristianismo, o Espiritismo, a Mitologia Iorubá e o Islamismo.
A EVOLUÇÃO
A teoria evolucionista iniciou-se com o experimento científico realizado por Oparin e Haldane. Ambos acreditavam que os gases existentes na atmosfera terrestre teriam formado as primeiras moléculas orgânicas e, mais tarde, formado os primeiros seres vivos, na água.
Em 1859, Charles Darwin publicou “A Origem das Espécies”, onde afirmava que o homem adquiriu suas características atuais após um longo processo de evolução. O mesmo sugeriu que todos os seres vivos tiveram um ancestral comum e desenvolveu a ideia de seleção natural: apenas os seres vivos mais adaptados ao ambiente imposto conseguiriam sobreviver.
Ou seja, há bilhões de anos atrás, não havia qualquer forma de vida, apenas matéria no vazio. Essa matéria se colidiu, num processo conhecido como Big Bang, e os primeiros elementos simples foram surgindo com a formação de prótons e elétrons. Em seguida, o surgimento do Sol e demais planetas.
Na Terra, o ciclo evolucionário teve início na água com a origem de bactérias e algas marinhas. Em seguida, peixes se tornaram anfíbios e répteis, até que a vida totalmente independente da água como meio de sobrevivência se tornou possível. Aves e mamíferos evoluíram e se adaptaram, até que os primatas ficaram em pé, surgindo assim os primeiros homens.
Baseado em
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“Religion and Science”, de Alvin Plantinga. Publicado pela primeira vez em 20 de fevereiro de 2007, em The Stanford Encyclopedia of Philosophy.
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Gary Ferngren (editor). “Science & Religion: A Historical Introduction.” Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2002.